quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Igreja Em Sua Casa

O último capítulo da Carta aos Romanos contém uma lista enorme de saudações, tanto da parte do Apóstolo Paulo, quanto da de seus colaboradores. Uma das saudações se sobressai: “Saudai também a igreja que está em sua casa.” (Romanos 16:5).

Enquanto durou a influência dos primeiros apóstolos, a Igreja de Cristo funcionou nos lares dos cristãos. Daí o espírito comunitário e amorável que os primeiros cristãos desenvolviam e experimentavam. Daí, também, a ausência de ensinos ou recomendações, no que concerne a templos, eclesiologias, liturgias. As reuniões se concentravam no estudo das Escrituras, nas orações, nos cânticos espirituais, ajuda mútua. Com o passar dos primeiros séculos e com o distanciamento das primeiras coisas, a igreja começou a institucionalizar-se.

É preciso reviver a experiência novotestamentária da “igreja que está em sua casa”. Primeiro por causa da saúde de nossas igrejas, cujas forças se esvaem na construção e na manutenção dos mega templos. Segundo, por causa da saúde de nossas casas, que não sabem mais como hospedar o “corpo de Cristo”. As famílias gastam suas energias na construção e na manutenção das casas concretas, perdendo de vista o espírito dos lares. A necessidade é mútua: as famílias precisam voltar a ser igrejas; as igrejas precisam voltar para as casas.

Deus te abençoe!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Mundo não o Conheceu

Ao primeiro capítulo do seu Evangelho, João nos revela o panorama total da criação, a partir dos planos e da ação de Deus, em Cristo. Um dos detalhes que chamam nossa atenção é o potencial de aceitação e o de rejeição com que o Senhor formou o ser humano. O Cristo "estava no mundo e o mundo foi feito por Ele, mas o mundo não O conheceu" (João 1:10).

A história da criação do "novo céu e da nova Terra", tem seu real começo no princípio da criação cósmica, segundo Gênesis. O profundo significado espiritual da criação, entretanto, só alcança sua plena revelação, quando João nos explica que o poder divino por detrás de tudo se chama Cristo - o Cristo encarnado como Jesus.

Pois é exatamente no contexto de Jesus como o Cristo que reside o Evangelho, "a Boa Nova". O fato da rejeição do Criador, a partir das criaturas, isto não foi novidade. A "boa nova", a coisa extraordinária, impensada pelos humanos, encontra-se na magnanimidade do Deus amor, que desenvolveu um sistema de recuperação chamado "adoção de filhos". Efésios, aliás, nos revela que o plano dos filhos adotivos foi bolado "antes da fundação do cosmos". Até a concretização da "nova Terra", o mundo continuará não conhecendo a Cristo. Pela fé, porém, aqueles que O aceitarem como o "Deus conosco", viverão na graça amorável e poderosa do Espírito de Cristo. Apesar do mundo.

Deus te abençoe!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Agora Sou Velho

O Salmo 37 descreve muito bem o desapontamento do seguidor do Senhor quando vê, aqui na Terra, a prosperidade material daqueles que nem ligam para Deus. Entretanto, ao fazer um levantamento honesto dos altos e baixos da sua longa vida, declara: "Fui moço e agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência mendigar o pão." (Salmo 37:25).

Provavelmente, o fator importante proposto pelo salmista é o recurso da visão total da perspectiva. Uma coisa é ver uma cena, muito pontual, pela primeira vez. Outra coisa, mais sábia, é situar a tal cena no panorama do passado, levando a sério suas evoluções. Depois de recordar os altos e baixos da sua vida, o salmista agora idoso, faz um levantamento amplo e reconhece ter vivido mais altos do que baixos. Conclusão: "agora, no final da minha vida, sinto-me amparado".

Ser crente não deve significar ser alienado da realidade do dia a dia. Nem, tampouco, não perceber no presente as bênçãos que nos acompanham, desde o passado. É preciso dizer, entretanto, que a sabedoria da idade avançada percebe como "amparo" coisas muito mais profundas do que o apoio material. De qualquer maneira, o testemunho de um idoso que conviveu com o Senhor através dos anos nunca deverá ser ignorado. Agora, sou velho.

Deus te abençoe!

domingo, 19 de junho de 2011

Orar...e...orar...

A oração fazia parte da vida cotidiana dos discípulos de Cristo. Pedro e João mantiveram o costume judaico de orar três vezes ao dia (os judeus oravam às 09h00, às 15h00 e no pôr do sol).

Foi em uma dessas ocasiões em que Deus se manifestou com poder, curando um coxo de nascença e chamando a salvação centenas de pessoas. A oração faz isso conosco: ela nos prepara para o serviço cristão e também nos coloca diante de situações diversas, para que o reino de Deus se manifeste com poder, salvando aqueles que ainda não conhecem a Cristo.

Faça como os discípulos de Jesus: ore!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Amor é Benigno

Na relação das qualidades que caracterizam o amor, como dom do Espírito, encontramos: O amor..."é benigno..." (I Coríntios 13:4).

A primeira pergunta que fazemos quando um exame nos revela que temos um tumor é: "ele é benigno?". No imaginário leigo, se o termo benigno é visto como um mal que não tem perigo. Como uma coisa estranha que só fica lá, ocupando espaço. Benigno é bom, porque não contém ameaça de morte. Mesmo assim, apesar da sua aparente inocuidade, se a gente tivesse escolha, não desejaria um tumor benigno.

Para o Apóstolo Paulo, o amor "é benigno". Visto dentro do contexto do ensino apostólico dos dons do Espírito, a benignidade do amor nada possui de estático, quieto, irrelevante. Pelo contrário, o amor é benigno porque causa consequências de benignidade, de salubridade, de equilíbrio. O amor cristão é benfazejo. Ele toma a iniciativa de praticar o bem. Amor benigno é o que causa a bondade, não importa o ambiente, os perigos, as pressões. Diante do sofrimento do próximo, o amor benigno não dá uma de espectador, que pode até lamentar, mas nada contribui para a solução bondosa. Por originar-se no amor de Cristo, o amor cristão nos dá a capacidade de alimentar o bem. O amor é sempre benigno.

Deus te abençoe!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Amor é Eterno

Antes mesmo de João ter escrito na Primeira Carta que “Deus é amor”, Paulo antecipou a qualidade divina do amor, quando escreveu “O amor é eterno” (I Coríntios 13:8).

A dimensão eterna do amor ultrapassa, incomparavelmente, a compreensão humana. Nós cristãos somos gente. E gente só compreende as dimensões próprias das estruturas do mundo. Por isso, não só não compreendemos direito as qualidades eternas do Senhor, como também só tocamos superficialmente sua qualidade essencial que é o amor. A Bíblia não diz que o Senhor “tem” amor: ela afirma que o Senhor “é” amor.

Moral da história: todo o folclore humano sobre amor tem que ser desconsiderado. Tipo amor romântico. Amor sentimental. Amor erótico. O amor só é eterno quando doado por Deus e recebido por nós. A Bíblia diz que nós “O amamos, porque Ele nos amou primeiro”. O amor eterno é o Senhor vindo ao nosso encontro, sem nenhum mérito de nossa parte. Amor que dá vida. Amor que transforma. Que vai nos deixando parecidos com Cristo. Amor de qualidade bíblica é o de Cristo. Este amor é eterno.

Deus te abençoe!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Aguardando a promessa

O Pai Celestial é um Deus de promessas. A Bíblia sagrada contém centenas de referências onde o Senhor se compromete com Seu povo. Seja pelo ministério dos profetas (no AT) ou através de Cristo (no NT), o Deus Soberano libera promessas para que os que nEle crêem possam caminhar com segurança nos seus dias aqui na terra.

A vinda do Espírito Santo é promessa do Pai (Jl 2.28; Lc 24.49; At 1.5,8). Os discípulos, desejando o cumprimento desta promessa, se propuseram a orar sem cessar (At 1.14). É a oração que nos prepara para recebermos a promessa!

Você está orando?

Deus te abençoe!

domingo, 12 de junho de 2011

De repente...

Pelo fato de ter orientação teológica pentecostal, o texto de Atos 2 sempre me foi um referencial de fé e de devoção. Cada verso é rico em demonstrar o papel do Espírito Santo e a missão da Igreja, até que venha o Salvador.

Gosto de frisar neste verso que a beleza da experiência pentecostal está na soberania divina: o Espírito desce "de repente", no tempo de Deus e não nosso. Vivemos dias em que programamos tudo.

Até na espiritualidade temos agido assim. Programações, encontros, liturgias, tudo feito para enquadrar o movimento de Deus às nossas expectativas.

Religiosos amam o "agora" e gostam de anunciar que "tem que ser já". Somente os discípulos de Cristo vivem na esfera do "de repente" de Deus. Surpreenda-se com o Senhor!

Deus te abençoe!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Amor tudo Sofre

É importante lembrar que o capítulo 3 da Primeira Carta aos Coríntios tem a intenção de mostrar “um caminho ainda mais excelente, na relação dos dons do Espírito Santo. Nos capítulos 12 e 13 Paulo afirma, com toda a autoridade apostólica, que o amor cristão não é coisa que brote do “homem natural” – sem a dádiva do Cristo, ninguém consegue viver amor. É aí que faz sentido, neste contexto, a descrição – o amor... tudo sofre...” (I Coríntios 13:7).

Em termos humanos, aquele que “tudo sofre” “demonstra ter sangue de barata”. Jesus, certamente, não levava à sério tal interpretação. Não, ele não teria dito: “quem te abrigar a andar uma milha, anda com ele duas”. Para nossa vergonha, o homem que mais levou a sério a atitude da “não violência” foi Gandhi, um não cristão, líder da revolução pacífica, que resultou na independência da Índia.

O mundo sem Cristo odeia o amor. Por isso, quem quer que decida amar a Cristo será odiado pelo mundo e levado a sofrer. O sofrimento, quando motivado por amor, não é absurdo. Não é toda mulher que sofre por caos de uma criança: a mãe da criança sofre. E não se queixa. E não desiste. Sofrer tudo, por amor a Cristo, produz dignidade, profundidade espiritual. Por isso, em Cristo, o amor todo sofre.

Deus te abençoe!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O Amor não Suspeita Mal,,,

No capítulo 13 da sua Primeira Carta aos Coríntios, o Apóstolo Paulo nos apresenta as muitas dimensões do amor, de acordo com o ensino de Jesus. Um dos detalhes focalizados pelo Apóstolo afirma que o amor... “não suspeita mal...” (I Coríntios 13:5).

Nosso mundo é formado por lobos atacando lobos. Para onde quer que olhemos, alguém está à espreita, preparando ciladas, planejando prejuízos. Nem é preciso acreditar em alguma teoria de conspiração. Basta ter olhos abertos e memória refrescada pelos tantos males que inimigos e amigos já nos causaram...

O grande perigo dessa visão intensamente lista do mundo ao redor é o de cairmos na armadilha do pessimismo. Do cinismo. Do medo. Ao escrever-nos sobre as características do amor cristão, Paulo nos ensina o antídoto à postura de lobo, dizendo-nos como deve ser a atitude do cordeiro. Deve ser como a do cordeiro de Deus que, como a Bíblia nos diz, “tira o pecado do mundo”. Jesus, o cordeiro de Deus, nos diz para sermos “simples como as pombas e prudentes com as serpentes”. Esta postura “híbrida”, que somente o Cristo desenvolve na gente, é o que nos capacita a não suspeitar mal. A mente do amor, que “não suspeita mal”, olha através da casca grossa dos pecadores e consegue perceber, lá dentro, a “imagem e semelhança de Deus”. Suspicioso é aquele que não para de suspeitar. Amorável é o cristão que usa o amor de Cristo como o critério de julgamento.

Deus te abençoe!

Cristo, a casa do Senhor

Para o rei Davi, casa do Senhor era o Tobernáculo em Jerusalém. Daí cantar no seu salmo: “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor” (Salmo 122:1).

Davi, na sua religião, expressava a cultura Teológica do seu tempo – quanto mais importante a divindade, mais importante era o seu templo. Respeitar o tempo significava respeitar o deus colocado dentro dele. Logo, ir para o templo era o mesmo que ir até deus.

Quando questionada pela samaritana, Jesus deu-lhe uma resposta tão inesperada, quanto definitiva: o Senhor, porque “espírito e verdade”, não está limitado a casas ou templos. Desenvolvendo esta revelação feita por Cristo, o Apóstolo Paulo diz aos colossenses, sobre o Messias: “nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Por isso, a oração fervorosa de Paulo pelos efésios foi “para que Cristo habite pela fé em vossos corações...” Para aqueles que aceitam que “Cristo é tudo em todos”, igreja não é templo, nem o Senhor se limita a igrejas enquanto instituições ou construções.

De acordo com este contexto, revelado pelo Filho Unigênito do Pai, “igreja é o corpo de Cristo”. O cristão, portanto, tem o privilégio de não precisar ir “à casa do Senhor”. Entretanto, tem a responsabilidade de “não extinguir o Espírito” que Cristo nos concedeu. Para o cristão, Cristo é a casa do Senhor – alegria é viver em comunhão com Ele. Todos os dias, em qualquer lugar.

Deus te abençoe!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Atos Hoje - A ascenção de Cristo

O retorno de Cristo ao céu é uma das cenas mais belas do Novo Testamento. Os seres humanos ainda nem sonhavam em inventar heróis voadores, como o Superman ou o Homem de Ferro, e o Cristo já era elevado aos ares, em direção à glória de Deus.

Atos dos Apóstolos 1:2 - Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera;

A ascenção de Cristo prepara a humanidade para o porvir! Ela nos mostra o destino daqueles que, como Jesus, se mantém obedientes a Deus, é o céu! Nos mostra parte da natureza que teremos quando nosso corpo for glorificado. E nos prepara para a bendita esperança da Igreja: "Ele há de vir, assim como para o céu o vistes ir" (vv.11)

Eu espero o retorno do meu Herói, Senhor e Salvador! Que venha o Rei da Glória!

Deus te abençoe!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Purificação da Injustiça

A confissão de pecados é condição para a purificação da injustiça, de acordo com João: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda a injustiça" (I João 1:9).

Injustiça dói. Ninguém gosta de ver seus direitos pisados. Principalmente quando se convence de que o injusticeiro não será punido. O interessante é que nossos sentimentos mudam de caráter, quando o causador de injustiça revelam que, em termos de espiritualidade saudável, aquele que comete injustiça acaba sendo a maior vítima do processo.

A solução oferecida pela Bíblia é a sincera e completa confissão da injustiça cometida. A injustiça confessada permite que o Senhor nos purifique. Como cometer injustiça é cometer pecado, fica evidente que somente o poder do Salvador conseguirá restaurar a dignidade de nossa vida. Injustiça é um peso. Confissão de injustiça leva à libertação.

Deus te abençoe!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Paciência na Tribulação

A impaciência é um sentimento relacionado com tempo, principalmente quando não é agradável aquilo que acontece no tempo. O Apóstolo Paulo, entretanto, vai na contramão e declara: "Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração..." (Romanos 12:12).

O lado psicológico do tempo diz o seguinte: quando tudo está bom, o tempo não deveria passar; quando tudo está ruim, o tempo deva acabar o mais rápido possível. Nos dois casos, a postura revela irrealidade. Por isso, esta postura alimenta a impaciência. O impaciente não aceita o ritmo natural do tempo e, por isso, se sente infeliz.

Ao discutir o assunto, Paulo nos ajuda, introduzindo duas dimensões espirituais: esperança e oração. Por que somos impacientes na tribulação? Por que não esperamos que, finalmente, a tribulação irá acabar? E por que não temos esperança e alegria, durante a tribulação? Porque não perseveramos na oração. Quem aprende a alegrar-se na esperança e a perseverar na oração não tem como errar - mesmo na tribulação, encara a vida com paciência. A esperança faz sentido e a oração faz sentido porque o Senhor, que é o centro de tudo isso, não é limitado pelo nosso tempo. A comunhão com o Senhor sempre produz alegria e perseverança: dois remédios poderosos para acabar com a impaciência.

Deus te abençoe!

domingo, 5 de junho de 2011

Meu Cordeiro e Meu Pecado

A missão específica de João Batista foi a de identificar Jesus como sendo o Messias, prometido há séculos pelo Senhor. "No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29).

Para o profeta Isaías, a definição de pecado é abrangente: pecado é tudo aquilo que nos separa de Deus. Esta definição é importante, porque todo o contexto bíblico nos ensina que o ser humano foi cuidadosamente estruturado de modo a conviver com o Criador de maneira a somente funcionar adequadamente com o cultivo desta comunhão, por implicar um desligamento da Fonte da energia espiritual, causa a morte. No Antigo Testamento, para ensinar dramaticamente a essencialidade da recuperação da vida destruída pelo pecado (separação), a Lei instituiu a morte sacrificial de um cordeiro. Cada pecado exigia a morte de mais um animal.

O Evangelho de João, ao revelar que Jesus é o Cristo, o Cordeiro de Deus, nos ensina que Jesus Cristo é a restauração definitiva da ponte Deus/homem, que o pecado humano destrói. Só que, em Cristo, o veneno fatal do pecado é destruído de forma definitiva, eliminando as mortes constantes de cordeiros. Sem nossa decisão, pela fé, de viver em Cristo, não ocorre a restauração de nossa comunhão diária com o Senhor. Que começa neste mundo e continua por toda a eternidade.

Deus te abençoe!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Tive medo e Me Escondi

O primeiro relato bíblico sobre medo se encontra logo no livro de Gênesis: Adão disse “ouvi a Tua voz soar no jardim e temi; porque estava nu, eu me escondi” (Gênesis 3:10).

Não é coisa incomum atribuir a Deus nossos sentimentos, crenças e preconceitos. Crente que não gosta de estrangeiros sempre encontra na Bíblia acusações contra “eles”. Afirmar que as Escrituras exigem um povo santo é coisa muito fácil de fazer do que admitir que temos medo de perder nossos empregos para os imigrantes.

O medo sempre vem acompanhado pela falta de amor e pelo desconhecimento daquilo que é, realmente, importante. Adão ignorava o amor de Deus. O Senhor não se importa se estamos vestidos ou sem roupa. Adão achou que estar nu iria ofender ao Senhor. Por isso, se escondeu Dele. Entretanto, aqueles que conheceram mais intimamente ao Senhor, sabem muito bem que a solução não é fugir. A solução é buscar. Porque Ele, o Senhor, sempre estará lá, de braços abertos, nos recebendo. “Quem não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor”. João escreveu isto, porque experimentou o amor do Senhor. No medo, eu me escondo. No amor, eu me exponho. O amor lança fora o medo.

Deus te abençoe!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Poder de Criar

A declaração inicial da Bíblia é a mesma que vemos percorrer todo o contexto bíblico: o Senhor é a única entidade capaz de criar. Sem matéria-prima ou com matéria-prima, se é que queremos constatar criação, o caminho a ser seguido é a obra divina. Por esta razão, o primeiro verso da Bíblia afirma: "No princípio, Deus criou os céus e a terra" (Gênesis 1:1).

Aparentemente, existem muitas pessoas que não levam a sério o significado do adjetivo "único". Porque aquilo que vemos na vida diária é indivíduos afirmando um desejo de criar para si mesmos uma vida nova e saudável, mas, ao mesmo tempo, se submetendo a práticas e entidades que só produzem resultados paliativos. É o caso de cristãos que, da boca para fora, proclamam desejar vida abundante - seu comportamento, entretanto, denuncia uma familiaridade com fontes e recursos meramente atraentes, mas sem poder.

A oração do rei Davi revela alguém que entende do assunto: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova, dentro de mim, um espírito estável". O poder de criar pertence tão somente a Deus. Só Ele cria nossa consciência de necessidade. Só Ele cria uma estrutura receptiva. Só Ele cria os recursos da nossa transformação. Só Ele cria um coração do qual "jorrarão rios de água viva". É uma pena quando alguém se contenta com imitações ineficazes. O poder de criar continua sendo Dele.

Deus te abençoe!