Meus Lábios Impuros

O rei Uzias tinha sido um monarca obediente à Lei do Senhor. Isaías, que vivia na corte, sofreu um grande abalo, quando o rei morreu. Por isso, ele foi procurar consolo, no templo. Em lá chegando, ficou impactado com a glória e o poder da presença divina. Aí, ao olhar para si mesmo, concluiu: “Então eu disse – Ai de mim que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros...” (Isaías 6:5).

Só percebemos o baixo, quando o comparamos com o alto. Sem o contraste do bem, não ficamos sabendo do mal. Nós, como cristãos, precisamos da referência que é estar “em Cristo”. Se vivemos no mundo e só nos cercamos das práticas mundanas, desenvolvemos lábios impuros e corações impuros. Sem nem sequer nos darmos conta.

É essencial desenvolver o hábito de nos compararmos com as medidas do Cristo. As medidas do Seu perdão, da Sua misericórdia, do Seu poder, do Seu amor. Quando o fazemos, o resultado é sempre percebermos o quanto somos necessitados da santidade do Senhor. O objetivo de ver meus lábios impuros é permitir a limpeza que me vem da brasa viva do Senhor.

Deus te abençoe

Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos Seus santos

O Salmo 116 é uma coletânea de livramentos do Senhor, quando as provações atacam os fiéis. Até a experiência da morte é vista dentro da estrutura da providência divina: "Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos Seus santos" (Salmo 116:15).

A nossa morte é preciosa aos olhos do Senhor, porque nossa vida ocorre sempre protegida pelos seus olhos de amor. Por isso, para o cristão, morte e vida são a cara e a coroa da mesma moeda. A condição de viver na ressurreição do Cristo é morrermos para o mundo, crucificados com Jesus. Nós morremos, para que o poder da ressurreição se manifeste em nós. E, tudo isso, debaixo da supervisão amorosa do Senhor, cujos olhos nos acompanham e nos protegem. Por isso, na dor da morte, é importante lembrar dos olhos do Senhor, que trazem vida à nossa morte.

Deus te abençoe!

Enfermidade e Pecado

Ao ver um cego de nascença, os discípulos perguntaram a Jesus se a causa daquela enfermidade estava relacionada a pecado na família. Resposta do Mestre: “Disse Jesus – Nem ele nem seus pais pecaram. Isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele” (João 9:3).

O imaginário teológico do povo judeu ainda conservava a mesma crendice aceita pelos amigos de Jó: doença é punição de pecado cometido. O que nos intriga é que ainda hoje, apesar da clareza do ensino de um livro inteiro e apesar dos ensinos de Jesus, ainda encontramos, no meio de membros de nossas igrejas, a convicção de que se tem enfermidade, deve ter pecado.

Ao ler o contexto bíblico sobre doença, a primeira e óbvia lição que aprendemos é: “o que o homem semear, isto também ceifará”. Além disso, porém, a Bíblia salienta que enfermidades nos crentes fieis tem tudo a ver com a providência divina. Há coisas que nós, em nossas teimosias, somente aprendemos quando a fragilidade e a dor denunciam nosso orgulho espiritual e nossa excessiva autoconfiança. O leito de enfermidade nos relembra de que somos pó... Aí, quando caímos em nós, os olhos espirituais se abrem. E percebemos a manifestação da obra de Deus em nós!

Ceus te abençoe!

Perseguição, Por causa de Cristo

Por amor à realidade das coisas, a Bíblia sempre associa o ser cristão com o ser perseguido. O primeiro a enfatizar esta verdade foi o próprio Jesus, quando chamou Seus discípulos. O Apóstolo Paulo, quando orientou Timóteo, declarou a mesma ênfase: "De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (II Timóteo 3:12).

É válido perguntar: por que estes importantes textos bíblicos nunca são citados pelos pregadores da televisão e das mega igrejas? Será uma simples coincidência o fato de que o grande foco desses pregadores tenha sido a importância do dinheiro e das grandes contribuições para o "ministério" deles? Ao invés de perseguição, os fieis destes "bispos" e "apóstolos" modernos recebem a "garantia" de saúde e de prosperidade material.

Chegou o tempo de exigirmos dos pregadores que se atenham a proclamar a mensagem de Jesus Cristo e dos Apóstolos (com "A" maiúsculo). A verdade é que o bom cristão sempre tem sido o alvo das perseguições do mundo. Porque, como disse Jesus, o mundo odeia aqueles que amam a Cristo. Ser perseguido deve ser um bom sinal, para qualquer cristão. É sinal de que sendo fiel no seu testemunho. Não fomos chamados para sermos "coleguinhas" dos mundanos. Fomos chamados para sermos diferentes... e perseguidos.

Deus te abençoe!

Honrando aos Outros

No Capítulo 12 da Carta aos Romanos, o Apóstolo Paulo elabora as implicações cristãs do amor, à semelhança do que escrevera no Capítulo 13, da Primeira Carta aos Coríntios. Em um dos pontos mais difíceis afirma: “Amai-vos cordialmente uns aos outros, com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros, mais do que a si próprios” (Romanos 12:10).

“Dar honra aos outros” é um mandamento que se movimenta na contramão da sociedade. No mundo em que vivemos, a primeira honra certamente me pertence. E seguindo o mesmo raciocínio, também devem me pertencer a segunda honra, a décima-quinta, e assim por diante. É um salve-se quem puder. “Aquele que não faz propaganda de si mesmo, só vai conseguir ficar para trás”.

A Bíblia não apoia nenhum egoísmo ou egocentrismo. Em outras palavras, a Bíblia tem todos os ingredientes para ser rejeitada pela cultura deste mundo. Desde o princípio, segundo a narrativa do Evangelho de João, o precursor de Jesus, João Batista, já confessava: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”. Paulo toma este conceito relacionado com Jesus e o estende ao nosso relacionamento com as pessoas ao redor. Segundo o Apóstolo, “dar honra aos outros, mais do que a si próprio” somente acontece quando começamos a experimentar maturidade espiritual – maturidade do tipo que “anda a segunda milha”, que “vence o mal com o bem”, eu “ora pelos inimigos”. Maturidade que “ama cordialmente... com amor fraternal”. Coisa de outro mundo...

Deus te abençoe!

O Senhor não é Propriedade

Mandado pelo Espírito, o Apóstolo Pedro foi à casa do centurião Cornélio e deu testemunho da "nova religião" de Jesus Cristo. Como parte do seu sermão, apresentou o Deus do Cristo e a universalidade da sua graça: "É agradável ao Senhor aquele que, em qualquer nação, o teme e obra que é justo" (Atos 10:35).

Antes da globalização do mundo, a Bíblia anunciou a globalização da vida espiritual oferecida através de Jesus Cristo. No contexto do Século I, a mensagem exposta por Pedro e, depois, desenvolvida teologicamente por Paulo, causou escândalo e escárnio. A partir dos próprios judeus, que se classificavam como povo exclusivo, praticamente "donos" da graça redentora do Senhor.

O tema continua atual. Não será difícil encontrar, nos bancos de nossas igrejas, aqueles que relutam por compartilhar o amor do Senhor Que, à semelhança de Jonas, não querem fazer causa comum com os pecadores de Nínive. "O Senhor é nosso e ninguém tasca..." No fundo, no fundo, somos insensíveis até a esse ponto: "Eles são inferiores: afinal, eu nasci dentro da igreja e tenho os méritos do tempo de serviço". Mas Bíblia é curta e grossa: "É agradável ao Senhor aquele que, em qualquer nação, o teme e obra o que é justo". Ponto final.

Deus te abençoe!

Ensina-me Senhor

Poucas pessoas, na Bíblia, foram descritas com os altos adjetivos que foram retribuídos a Jó. Pois é este patriarca que, no final de suas trágicas experiências, roga ao Senhor: “Escuta-me, pois, e eu falarei. Eu te perguntarei e Tu ensina-me” (Jó 42:4).

Quanto mais experimentarmos dificuldades e problemas, maior fica a turma dos “conselheiros de carteirinha”, ansiosos para dar um jeito na nossa vida. Os conselhos vão desde os mais sublimes, aos mais esdrúxulos. De um modo geral, entretanto, as aulas e conselhos gratuitos que recebemos adicionam quase nada às soluções do que necessitamos.

O pior de tudo isso é quando, cansados, decidimos levar a sério os “especialistas”. A experiência de Jó, ao passar por todo esse drama, leva-nos a uma conclusão muito realista: se é que queremos aprender seriamente, quando enfrentamos dificuldades, e professor que não falha é o nosso Senhor Apelar para os ensinos do Senhor, através das páginas da Bíblia e, através da oração, pode não ser uma saída fácil – mas, se levada a sério, é a atitude que nos garantirá as soluções divinas. A Bíblia diz que os chamados “heróis da fé” foram gente de carne e osso, iguaizinhos a nós. Com os mesmos problemas. As mesmas dúvidas. Os mesmos desânimos. O mesmo Deus que, no passado, os ensinou e ajudou, continua poderoso para nos ajudar, no presente. Estamos dispostos a aprender?

Deus te abençoe!

Silêncio, na Grande Dor

Mesmo sabendo que o Senhor mesmo permitiu o imenso sofrimento de Jó, o quadro da sua dor é suficiente para abater qualquer um. Isto explica o impacto inicial dos velhos amigos que, no início da visita, ficaram mudos de espanto! “E se assentaram juntamente com ele na terra, sete dias e sete noites. Nenhum deles lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande” (Jó 2:13).

Esforçamo-nos demais, na busca de uma explicação para o sofrimento. A impressão que dá é que uma dor bem explicada nos ajuda a sofrê-la. A vida nua e crua, entretanto, não muda quase nada, quando o sofrimento é acompanhado por alguma explicação lógica ou elegante.

Os amigos de Jó teriam feito melhor, se tivessem permanecido calados. Nós outros, também, devemos aprender o papel terapêutico do silêncio, quando encaramos uma grande dor. Nossa, ou dos outros. A simpatia é silenciosa. A empatia não precisa de palavras. O sofrimento não se baseia em lógica. O sofrimento é existencial. É íntimo. É desafiador. O sofrimento do Cristo, por exemplo, ultrapassa todas as doutrinas que falam do pecado, da justiça, da expiação. O sofrer de Jesus Cristo foi um profundo exercício de amor. Por isso, quando nos vimos perante o nosso sofrimento ou o sofrimento do outro, apelemos para o silêncio. O silêncio poderoso que nos revela o Deus amor.

Deus te abençoe!

Motivos para agradecer - Escolhido por Deus

Sabemos pela doutrina bíblica que nossa salvação não ocorreu por acaso. Antes da criação do mundo, Deus já escolheu cada um de nós. Fazemos parte de um plano eterno, onde o Criador decidiu nos separar para ser dEle.

Todas as vezes que me sinto triste, trago a memória esta verdade tão preciosa: sou escolhido por Deus. Ele fez uma escolha pessoal e consciente de que eu seria dEle. Se houve tamanho investimento em mim, não devo eu viver meus dias com um profundo sentimento de gratidão?

Deus te escolheu! Não pare e não desista! Ele não abandonará você!

Deus te abençoe!

Somos o mesmo Corpo

No primeiro capítulo da Carta aos Colossenses, da mesma maneira como escreveu no primeiro capítulo da Carta aos Efésios, o Apóstolo Paulo fala da preexistência de Cristo Jesus. O mesmo Cristo da Igreja é o Cristo de antes da criação. "Ele é a cabeça do corpo da igreja..." (Colossenses 1:18).

Ou sabemos muito pouco sobre o significado cósmico de Jesus Cristo ou, se o sabemos, não conseguimos vivenciar seu significado para nossa vida de cristãos. Ser parte da igreja de Cristo é o mesmo que ser integrante da pessoa de Cristo. A igreja universal significa nossa união real e espiritual com o Filho de Deus. E, por causa desta união com a graça divina, que aceitamos por causa do exercício de nossa fé e obediência, deixamos de ser classificados como simples criaturas, recebendo o "poder de nos tornarmos filhos de Deus". Filhos adotivos. Mas filhos. Ao ponto de sermos tratados como "co-herdeiras com Cristo".

Vale a pena, de vez em quando, relembrar tudo isso. Vale a pena lembrar, quando caímos. Quando julgamos nossos irmãos. Quando tratamos com desamor àqueles que devíamos amar. Quando somos injustos com os fracos e ignorantes. Quando menos prezamos os outros membros da igreja de Cristo. Quando escandalizamos aqueles por quem Cristo morreu... Vale a pena lembrar que todos somos o mesmo corpo.

Deus te abençoe!

Amor de tal Maneira

Sabendo que o amor divino nunca seria completamente apreendido pelos homens, a Bíblia usa diferentes símbolos e comparações. A mais conhecida das imagens diz: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

Ao descrever o tamanho do amor divino, o texto usa a expressão "de tal maneira". É como se dissesse: "bota grandeza nisso!". O autor, entretanto, não achou suficiente a declaração e deu mais uma explicada: foi tão grande que "deu". Foi tão grande que "deu Seu único Filho". Foi tão grande que, ao ser recebido, capacita seu receptor a comungar com Deus eternamente!

Em outras palavras, teimar em compreender o amor divino é o mesmo que tentar enxergar gelo... O que não deveria desanimar ninguém. Mas deveria nos conduzir à experimentação, à aceitação pessoal, à vivência individual. Nada nos impede de debater a complexidade do amor divino. É uma tarefa muito, muito grande. O desafio de João, porém, foi outro. Foi mesmo o de nos levar a assimilar o "amor de tal maneira".

Deus te abençoe!

O poder de Deus

Paulo sentia um desejo profundo de que a Igreja conhecesse o poder de Deus. Ele sabia que o evangelho não era composto apenas de palavras (1 Co 2.4), mas que era poder para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).

Quando mencionamos o poder de Deus, logo imaginamos cultos alegres e manifestações exteriores. Entretanto, Paulo tinha em mente a ação do Espírito Santo em libertar o homem do poder do pecado e torná-lo um servo da justiça, apto para espalhar a esperança do evangelho para os que não receberam a salvação.

Precisamos conhecer este poder de Deus! Que o Espírito levante homens e mulheres dispostos a viverem nesta dimensão espiritual e balançarem este mundo anunciando o evangelho de Jesus Cristo!

Deus te abençoe!

A esperança cristã

Influenciada por vãs filosofias e por terríveis heresias, muitos cristãos perderam de vista a genuína esperança cristã. Hoje, quando mencionamos a palavra "esperança" em muitas comunidades, o pensamento corriqueiro é de possuir casa própria, se casar, ter um bom emprego e um bom carro. É uma geração que espera em Cristo só nesta vida (1 Co 15.19).

Cristo nos promete aquilo que não podemos conquistar com nossos próprios méritos: a salvação de nossa alma; um reino de glória; sermos arrebatados por Ele; vida eterna em Seu nome. Esta é a genuína esperança cristã! Foi por ela que os heróis da fé sofreram com alegria o martírio; foi esta esperança que manteve viva a Igreja, desde o seu nascimento.

Tire seus olhos das coisas terrenas, e fixe seu olhar na herança celestial que Ele tem nos prometido!

Deus te abençoe!

É Possível dar ao Senhor?

O Rei Davi, ao comentar a obrigação da Lei, segundo a qual os fieis devem trazer ofertas ao Senhor, acrescenta um questionamento bem inesperado. Sua pergunta: “Quem sou eu e quem é o meu povo para que nos seja permitido dar ao Senhor alguma coisa?” (I Crônicas 29:14)

O questionamento de Davi é inesperado porque, no contexto das práticas religiosas de seu tempo, apresentar-se para cultuar no templo sem ser acompanhado do máximo de oferendas e sacrifícios era simplesmente inadmissível! O raciocínio espiritual do rei, entretanto, é simples: “Não posso dar coisas inferiores a Quem já é dono do que há de superior”, “Não faz sentido dar minhas coisas Àquele que está pedindo a minha vida!”.

Este é, na realidade, o grande pedido que o Senhor nos faz – “dá-me, filho meu, o teu coração”. Ao grande contexto da cultura e dos ensinos bíblico, “coração” é a vida, a alma, a personalidade, os valores essenciais de uma pessoa. Ao comentar a oferta que agrada ao Senhor, o Apóstolo João nos diz que é o amor obediente. Minha obediência amorável é minha oferta essencial. E que, por isso, é a que mais me custa. É possível dar ao Senhor algo que não seja dele? É: meu coração. Meu amor. Minha obediência.

Deus te abençoe!

O Custo do Discipulado

A Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos constitui talvez a mais profunda explicação teológica da mensagem simples de Jesus. Ele escreve: "Vocês são, agora, uma parte Dele. Assim é que morreram com Ele, por assim dizer, quando Ele morreu. Agora, participam da Sua vida nova e ressuscitarão como Ele ressuscitou" (Romanos 6:5).

Desde os tempos de Jesus, ser um discípulo Dele nunca foi coisa barata, superficial, sem duração. Aquilo que algumas igrejas de hoje, que se chamam cristãs ou evangélicas, estão praticando com a finalidade de aumentar o número de seus membros e garantir uma tesouraria polpuda, nada tem de Cristo. Assim desorientados, seus membros vivem na prática de obedecer a dois mundos. O que, segundo o próprio Jesus, não constrói uma identidade e não determina um estilo de vida.

A imagem usada do Paulo não deveria abrir caminho para alguma dúvida. Ser cristão significa morrer. Ser cristão significa viver. Não existe o meio morto, assim como não existe o meio vivo. Ao nos arrancar das podridões deste mundo, Jesus arranca de dentro de nós as podridões que acumulamos. Só que não somos salvos para morrer - somos salvos para viver. E viver pertence a um outro nível. Viver como Cristo é ser reconstruído pelo poder e pelo amor do Senhor. Este é o custo do discipulado. Esta é a nossa realidade diária, enquanto estivermos na Terra.

Deus te abençoe!

Somos pó da Terra

Os principais especialistas em interpretação bíblica concordam sobre o fato de que a linguagem da Bíblia não é científica. Um dos exemplos dessa afirmação é a descrição da estrutura da criatura humana: "Então Deus formou o corpo humano usando para isso o pó da terra. Depois soprou nele o sopro da vida e ele veio a ser alma vivente" (Gênesis 2:7).

"Pó da terra" é uma das muitas metáforas da Bíblia. Se, ao invés de "pó", descrevermos o corpo humano como a estruturação sofisticada de minerais, não estaremos contrariando o escritor bíblico. Porque, com todo o respeito, aquilo que nos forma fisicamente é cálcio, manganês, potássio, alumínio, ferro, etc. etc. Isto tudo significa dizer que não somos importantes?

A Bíblia responde. Se nos restringirmos ao "pó da terra", nosso valor será muito pequeno. Se, entretanto, formos ao final do versículo, poderemos encontrar o valor profundo do corpo humano: nosso corpo, ao receber do Senhor "o sopro da vida", subiu de categoria e virou "alma vivente"! O Apóstolo Paulo entendeu o significado da complexidade corpo/alma do nosso corpo e declarou: "O vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós". Por isso, cristão que despreza o próprio corpo está desrespeitando o "templo do Espírito Santo". Somos pó da terra. Mas somos especiais, porque temos o sopro do Senhor.

Deus te abençoe!

Não Tenham Medo

A história de Israel teve vitórias e derrotas. Teve júbilo e teve medo. Nas horas de pânico e de fracasso, o Senhor costumava declarar "Não fiquem com medo! Eu mesmo comprei a liberdade de vocês... vocês são meus!" (Isaías 43:1).

O medo é uma reação natural, quando enfrentamos situações de perigo e de dor. Uma pessoa equilibrada, quando se defronta com o sentimento do medo, tem a tendência de procurar suas causas e, quando possível, de organizar um comportamento de defesa. A vida, porém, é muito dura com certas pessoas e, até, com a gente mesmo. Consequentemente, quando não conseguimos enfrentar construtivamente as causas dos nossos medos, a saída que nos resta é alimentar o medo e sofrer suas consequências paralisantes.

O Senhor não alimenta nossos medos. Pelo contrário, Ele reforça as atitudes e convicções que nos causam coragem e enfrentamento do perigo. A mensagem do Senhor é enfática: "Eu mesmo comprei a liberdade de vocês..." Ser cristão, por isso, é libertar-se do medo e das causas do medo. Quando cultivamos uma comunhão saudável com o Senhor, o único caminho é a coragem espiritual: "Não fiquem com medo!".

Deus te abençoe!

Deus é surpreendente

Deus é surpreendente! Ele respondeu a pergunta do povo de Betel com outra pergunta: "o jejum e o pranto de vocês foi realmente para mim?". Quando meditei neste texto bíblico, tive que ter coragem para me fazer essa mesma pergunta: será que tenho feito a minha vida ser motivada pela glória de Deus?

Queridos, é tempo de avaliarmos nossa vida! Desacelere seus passos, reflita na bondade e no amor de Deus, veja se você tem vivido o evangelho de Cristo! O que será que tem movido nosso coração e conduzido nosso viver?

Ainda estou buscando minhas respostas. E que o Pai me ensine a agradá-lo em tudo!

Deus te abençoe!

Membresia de Salvos

Assim que o Jesus ressuscitado subiu aos céus, os primeiros discípulos não se cansavam de comungar uns com os outros, reunindo-se à sombra do Templo de Jerusalém. Diz Lucas que eles viviam “louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2:47).

O êxito da chamada “igreja primitiva”, em Jerusalém, certamente tem sua explicação na declaração do verso 47, na tradução de A Bíblia Viva: “O próprio Senhor acrescentava à igreja todos os que estavam sendo salvos”. Em outras palavras: o crescimento da igreja em Jerusalém nada teve a ver com estrutura administrativa, com templos confortáveis, com a ousadia de um bom marketing.

A igreja de Cristo deve ser constituída por pessoas que publicamente declaram ter aceito a salvação oferecida por Ele. Ninguém possui a autoridade espiritual de julgar quem é salvo e quem não é salvo. Tal julgamento é exclusividade do Espírito Santo. Nada disso, porém, deve impedir nossa constante ênfase bíblica: o batismo só deve acontecer com o candidato convicto, que proclama ser Cristo o seu Salvador. Este é o caminho de uma membresia cristã: de salvos.

Deus te abençoe!

Instruídos para boas obras

De acordo com o Apóstolo Paulo, o obreiro cristão tem que conhecer bem a sua Bíblia. Foi isso que ele escreveu ao jovem obreiro Timóteo: “Para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (II Timóteo 3:17).

O Senhor nossa fez diferentes. A uns, Ele deu uma capacidade maior de apreender as coisas teóricas e abstratas: a este grupo pertencem os teólogos e os instrutores. Há cristãos, por outro lado, que não se dão bem com a teoria, mas que fazem bem feitas as aplicações práticas do cristianismo: por exemplo, os crentes que se dedicam ao serviço social e ao tratamento de doentes.

Nem um dos dois grupos, porém, deve desprezar a importância da doutrina ou das aplicações da doutrina na forma das boas obras. Para que isto aconteça, existe a instrução da Palavra. Quando nos deixamos penetrar pelos ensinos bíblicos, não nos contentamos com versículos isolados e continuamos estudando, até vislumbrarmos o contexto integral da Revelação. De igual modo, quando não nos permitimos ficar apenas no nível da produção dos bons frutos do testemunho cristão, aos poucos vamos compreendendo mais adequadamente os princípios da fé que constituem os fundamentos do Cristo em que cremos. Nem toda “boa” obra é coerente com a doutrina cristã. Por isso, temos que buscar, na Bíblia, a instrução necessária.

Deus te abençoe!

Quando orar não é o bastante

O capítulo sete de Zacarias inicia uma nova sessão no livro, onde já não leremos sobre visões, mas sim, uma série de exortações que Deus faz ao povo através do profeta.

Tenho apreço por este capítulo, pois ele mostra claramente que o Senhor exige de nós atitudes coerentes com a fé que professamos.

É muito bom buscar ao Senhor; deveríamos investir muito tempo de nossa vida em leitura da palavra e oração. Mas é importante também servir aos propósitos de Deus com aqueles que precisam de nossa ajuda, de nosso comprometimento, de nossa mão estendida.

Quando nos dispomos a sermos úteis aos propósitos do Senhor, encontraremos a satisfação que nada nesta terra pode oferecer!

Deus te abençoe!