terça-feira, 29 de novembro de 2011

Cavar Fundo Para Os Alicerces

Jesus usou a seguinte ilustração, para ensinar o significado de uma vida cristã com obediência: "É como o homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha" (Lucas 6:48). Para o Mestre, obediência tem a ver com coerência. Pouco antes, Ele já dissera que "não se colhe figos de espinheiros...". Quando um ramo está firmemente integrado no tronco da figueira, o fruto não tem variação: só pode ser figo. De igual modo, aquele que se diz cristão e apresenta uma conduta estranha ao Espírito de Cristo, o que receberá do Senhor é a sentença triste: "nunca vos conheci!" Para o Mestre, ser cristão é obedecer a Cristo. É digno de nota o vocabulário usado por Jesus, na apresentação do Seu ensino. Ao usar a ilustração do construtor da casa, antes de se referir à colocação dos alicerces, Jesus deixou o processo bem explícito: "cavou fundo". Com esta frase, o Senhor condenou a superficialidade, na vida cristã. Seus discípulos são aqueles que "ouvem as Minha palavras e as praticam". E porque as praticam, têm segurança "na rocha", não sendo levados "por qualquer vento de doutrina". Neste mundo de tribulações, é essencial cavar fundo e construir no alicerce que é Cristo. É o único jeito de não ser abalado e arruinado pelas tempestades. Deus te abençoe!

domingo, 27 de novembro de 2011

Por que Não Irritar

Ao distribuir conselhos aos vários membros da família, Paulo recomenda: “Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem.” (Colossenses 3:21). Para muitos, o verbo irritar é visto como sinônimo de discordar. Basicamente, discordar significa não estar de acordo. Só que expressar ponto de vista diferente não implica, obrigatoriamente, agredir o antagônico. A questão não reside no conteúdo da controvérsia, mas na maneira de discordar. Quando ela é deselegante, injusta, autoritária, desrespeitosa. O que irrita é o modo de fazer a crítica. Ou a hora em que ela é feita. Ou o lugar em que é expressa. Acima de tudo, o que mais irrita é sentir a motivação sem amor, daquele que discorda. O mesmo Apóstolo Paulo, ao escrever aos Coríntios, relacionou amor com irritação: “o amor não se irrita”. Filhos sentem quando seus pais não cultivam amor por eles. Eles sentem que seus pais “têm mais o que fazer”, do que se ocupar deles, com paciência e carinho. Não somente os filhos, mas todos nós. Quando nos criticam sem amor, sentimos as asperezas no tom de voz, a dureza das palavras escolhidas, a falta de paciência para ouvir justificações. Aquele que irrita é porque se irrita, se impacienta e quer se livrar logo do aborrecimento. Por isso, a Palavra diz: “o amor cobre uma multidão de pecados”. Assim como Deus “disciplina o filho a quem ama”, nós outros, porque amamos, devemos dialogar com amor. O amor não procura irritar os filhos. Nem os cônjuges. Nem os amigos. Nem os inimigos. Deus te abençoe!

Manto de Justiça

Muitos detalhes da obra salvadora do Cristo foram profetizados por Isaías. No final do seu livro, ele cita a exclamação de uma vida resgatada pelo Messias: "Regozijar-me-ei muito no Senhor; a minha alma se alegra no meu Deus: porque me vestiu com vestidos de salvação, me cobriu com o manto de justiça." (Isaías 61:10). Uma das consequências do pecado é a injustiça. Poucas experiências machucam mais do que a injustiça. Ela nos envolve com um sentimento de incapacidade, de menos valia, de humilhação. Ela destrói nossa dignidade. A injustiça oprime e deprime. Ela mistura culpa neurótica com a impossibilidade de perdoar. Por isso, só o Senhor pode unir o vestido da salvação com o manto da justiça. Não é fácil entender a justiça de Deus. Na realidade, entendê-la é impossível. Porque, ao contrário da "justiça" humana, a postura do Senhor não tem objetivo de punir, mas de resgatar. Talvez por isto tenhamos tanta dificuldade em aceitar a justiça divina. E, também, talvez por isso nossa atitude seja a da vingança. Apesar de o Senhor nos avisar: "Minha é a vingança". A justiça divina é a expressão dinâmica do Seu amor. Daí o Apóstolo dizer que "o amor de Cristo nos constrange". O ensino de Jesus diz que "devemos buscar o Reino de Deus e a Sua justiça". Aquele que, pela fé, recebe os "vestidos de salvação" sempre se "alegra no Seu Deus". Porque, vivendo nesse mundo injusto, recebe do Senhor "o manto da justiça". Deus te abençoe!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Para Isto Deus nos Preparou

A teologia paulina encara nossas provações e tribulações, como nosso vestibular para a vida eterna com o Senhor. Claramente, ele escreve: "Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito" (II Coríntios 5:5). Na realidade, Paulo procura desenvolver doutrinariamente as afirmações do próprio Jesus. Ao mesmo tempo que o Mestre ensina que teremos tribulações neste mundo temporário, ensina também que preparou para nós um lugar certo "na casa do Meu Pai". De várias maneiras Ele nos explica: "Meu reino é deste mundo". O contexto do ensino de Cristo e dos Apóstolo é o de que a Terra nos prepara para "o novo Céu e a nova Terra". Para isso, Jesus nos enviou o mentor do nosso desenvolvimento espiritual, o Seu Espírito. A Bíblia elimina todo possível conceito de acaso ou de carma. O desígnio de Deus é claro e detalhado: nossas limitações e nossas provações fazem parte do plano de nossa santificação. Quando aceitamos esta revelação, sentimos a realidade da presença divina em nossa vida. Este mundo é injusto conosco e nos odeia, pelo simples fato de que amamos a Cristo. A Bíblia nos manda perseverar: "para isto mesmo Deus nos preparou". Deus te abençoe!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Roupa Sob Medida

Uma das ilustrações usadas pelo Senhor, no livro de Jeremias, para ensinar nossa necessidade de nos conformarmos com Ele, diz o seguinte: “E, assim como o calção fica bem justo na cintura, eu gostaria que todo o povo de Israel e de Judá ficasse bem perto de mim.” (Jeremias 13:11). Por causa da grandeza de nossa imaturidade espiritual, sempre teimamos em conformar o Senhor à nossa própria medida. “Se minha necessidade de afeto é gigantesca, a obrigação do Senhor é me dar uma gigantesca atenção.” “Se as injustiças que sofri na vida tiverem sido imensamente deprimentes, cabe ao Senhor o papel de castigar todos os meus inimigos.” A perspectiva do Senhor é diametralmente oposta à nossa, de cristãos. Diz o Senhor: “os meus pensamentos não são os vossos pensamentos”. Como nosso Criador, o que o Senhor pretende de nós é que cheguemos a desenvolver a “mente de Cristo”. O que o Senhor quer é que nos tornemos ajustados a Ele. Aos Seus propósitos. À Sua misericórdia. À Sua vontade. Isso tudo é o que se chama “fazer a vontade de Deus”. O caminho é seguir à risca as dimensões que Ele nos oferece. Sem aumentar, nem diminuir. Como roupa sob medida. Deus te abençoe!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Injustiça e Fadiga

Em uma de Suas parábolas, Jesus nos ensina a diferença incompreensível entre justiça divina e nosso conceito humano de justiça. No final, Ele registra a queixa dos homens, diante do que eles interpretam como injustiça divina: “Estes derradeiros trabalharam só uma hora e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia.” (Mateus 20:12). A injustiça é uma poderosa causa de fadiga. Quando não vemos a justiça nos amparando ficamos revoltados, explorados, cansados. “Afinal de contas, para que serve agir corretamente, ser honesto e sincero se, como prêmio, não conseguimos reconhecimento?”. Este tipo de reação é muito mais forte e deprimente, quando atribuímos ao Senhor a fonte da injustiça que nos machuca. A Bíblia registra inumeráveis casos de humanos desgostosos com as “injustiças” de Deus. Por mais que busquemos explicações lógicas, porém, em quase todos os casos a explicação do Senhor é: “não há explicação; por mais que Eu explique, vocês não me entendem”. Em resumo, o que Ele nos diz é: “gente, nunca se esqueçam de que Eu sou o Senhor do mundo e Senhor da justiça”. Ele é muito mais do que podemos assimilar. A justiça divina é mais do que distribuir julgamentos e punições. É misericordiosa. É graciosa. É amorável. Somente quando sentimos na carne essas qualidades do Deus amor/justiça que nossa tensão desaparece e baixamos as armas na luta contra Ele. “Se estais cansados”, Eu vos aliviarei. É a única saída contra a injustiça e a fadiga. Deus te abençoe

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Jugo Que Impomos É Pesado

No Concílio de Jerusalém, a centralidade da soberania de Jesus Cristo foi estabelecida, em contraposição aos costumes judaicos. A decisão da igreja foi tomada após o discurso de Pedro: “Por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?” (Atos 15:10). Aparentemente, viver uma religião legalista atrai mais do que viver a graça de Deus em Cristo. Em uma religião de regras super estabelecidas não há necessidade de pensar. As coisas ocorrem de forma automática. Para cada desobediência há uma penitência. As dúvidas são demonizadas. E o que predomina é o poder da culpa. Do medo. Do remorso. Do sacrifício. Jesus disse que não veio escravizar ninguém. O que Ele nos pede é obediência pelo amor. Fruto da vivência com Ele. Nossa experiência com a Sua misericórdia não minimiza o pecado, mas fortalece nosso arrependimento e nossa entrega a Ele. Por isso, Ele nos diz, quando O seguirmos: “O meu jugo é suave”. O “amor de Cristo nos constrange”. E é por causa do poder deste amor que obedecer a Cristo faz sentido. O pecado só nos trouxe destruição e desfiguração. O amor do Cristo sempre tem trazido restauração e saúde espiritual. abandonemos o jugo pesado de nossa mera religião. O jugo amorável, que vale a pena, é o de Cristo. Deus te abençoe!

domingo, 20 de novembro de 2011

O Amor Nunca Falha

O Apóstolo Paulo escreveu a mais detalhada revelação bíblica sobre o amor. Uma das características apontadas por ele diz: “O amor nunca falha” (I Coríntios 13:8). A palavra “amor” tem sido excessivamente usada e abusada. Amor passou a ser sinônimo de gostar, de ter simpatia, de romantizar, de agir com sentimentalismo, de praticar sexo. A Bíblia diz que todas estas formas de “amor” não passam de postura do ser humano, quando entregue às suas paixões, ao seu egoísmo, à sua atitude neurótica de possessividade. Os relatos bíblicos que descrevem a postura meramente humana do amor terminam sempre mostrando que o amor paixão falha. Não tem estabilidade emocional. Não é por acaso que o amor descrito por Paulo “nunca falha”. O amor descrito na Primeira Carta aos Coríntios não se origina da natureza humana. Ele é um dos dons do Espírito Santo. Mais até: de todos os dons oferecidos pelo Espírito, o amor é o maior. Por isso, ao nos revestirmos do amor dado pelo Espírito, passamos a compartilhar da essência do Senhor. Porque “Deus é amor” e o Senhor é onipotente, o amor não pode falhar. Quando aceitamos o amor de Cristo, descobrimos que ele não falha nos relacionamentos, no trabalho profissional, na vida escolar, no nosso corpo, na nossa saúde, na vida da igreja. Nossa natureza humana falha. Quando, entretanto, nossa natureza é dominada pelo amor que vem de Cristo, esse amor “em Cristo” nunca falha. Deus te abençoe!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Chegai-vos a Deus

Ao escrever sua carta, Tiago nos dá muitas recomendações sobre o viver cristão. Em uma delas, o Apóstolo nos orienta: "Chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós" (Tiago 4:8). O ar é uma realidade que está fora de nós, ao redor, e dentro de nós, oxigenando nosso sangue. Assim é o Senhor. "Nele vivemos e nos movemos", diz a Bíblia. Se formos para o alto céus ou para o fundo dos mares, lá O encontraremos. Ninguém consegue impedir a presença dinâmica do Senhor. E é este Deus onipresente que, segundo a Bíblia, está sempre vindo ao nosso encontro. A teologia de um Senhor que toma a iniciativa, que nos procura, tornou-se concreta no Cristo que se tornou humano, vindo a nós como Jesus. Por que, então, nem sempre sentimos a presença Dele? Voltando à realidade do ar ambiente, há muita gente que não se beneficia dele. Ou porque respira defeituosamente. Ou porque entope o sistema respiratório, inalando elementos químicos que intoxicam. Quando Tiago recomenda "chegai-vos a Deus", é isso que ele está dizendo. A constante presença do Senhor, muitas vezes, é minimizada por nós. É mal utilizada. É, até, bloqueada. Chegar-se a Deus é reconhecer a presença Dele, dentro e fora de nós. Chegar-se a Deus é desenvolver a disciplina bíblica que nos capacita a vivenciar a divina presença. É purificar os ares de nossa vida, filtrando e eliminando os gases intoxicantes do mundo. Ele, sempre, está à porta do nosso coração: chegar-se a Ele é ouvir as batidas, abrir a porta, deixá-lo entrar e comungar com Ele. Deus te abençoe!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cristo, nossa Cabeça

Falsas doutrinas não foram inventadas nos nossos dias. Existem desde o primeiro século. A vacina contra os ensinos sem base bíblica é ensinada pelo Apóstolo Paulo: “Estais perfeitos Nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade” (Colossenses 2:10). Se nós, humanos, temos dificuldade em aceitar adequadamente doutrinas elaboradas por outros humanos, quanto mais quando a origem da doutrina é sobrehumana. É o caso da Bíblia e dos ensinos de Jesus. Não têm faltado, através dos séculos, interpretações e explicações sobre eles. O objetivo, dizem, é “facilitar” o seu entendimento. É apresentá-lo com a roupagem da atualidade. O grande perigo, porém, das ditas atualizações, é a profundidade das maquiagens propostas. Não raro, mas maquiagens atraem mais do que o ensino original do Cristo. Ao declarar Cristo como a cabeça da igreja e ao afirmar que cada cristão em particular deve se portar como membro do corpo de Cristo, Paulo enfatiza a soberania do Senhor. Corpo sem cabeça deixa de ser gente. Sem cabeça, não é corpo, mas cadáver. Ora, se Cristo é nossa cabeça, o conceito de autonomia cristã é mera fantasia. E das piores. O mesmo Paulo diz que devemos ter a mente de Cristo. Até onde sabemos, para ter mente é preciso ter cabeça. Se concordamos com tudo isso, matamos a charada. Cristão é o que tem a mente de Cristo. E, para ter a mente de Cristo é preciso ter Cristo como nossa cabeça. Deus te abençoe!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sabemos, Mas Não Gostamos

No final do seu livro, o profeta Jonas desabafa amargamente. Tudo o que ele achava que o Senhor deveria fazer não foi “obedecido” por Ele. Jonas ficou irritado porque seus inimigos, os ninivitas, não foram punidos por Jeová: “... Eu sabia que és Deus que tens compaixão e misericórdia...” (Jonas 3:2). Um dos grandes obstáculos no caminho da nossa maturidade espiritual é nossa insistência em ter um Deus à nossa própria imagem e semelhança. “Se é que o Senhor nos ama, o certo não seria Ele castigar aqueles que nós odiamos?”. “Se é que o Senhor deseja o aumento de nossa fé, o certo não seria Ele atender a todos os nossos pedidos?”. “Afinal de contas, ninguém conhece melhor nossas necessidades do que nós mesmos!.” “O Senhor não sabe disso?”. Um dos objetivos do livro de Jonas é mostrar-nos a infinita misericórdia do Senhor. Quer entendamos, quer não. Quer gostemos, quer não. O Senhor não está interessado em ser gostado: o que Ele nos solicita é o nosso amor. É somente pelo amor que conseguimos aceitar Sua vontade, mesmo quando não a entendemos. Mesmo quando não gostamos dela. Entender os planos do Senhor é bom. E é muito bom quando conseguimos até gostar destes planos. O que muda tudo, porém, não é o gostar ou o entender. O que muda tudo é o amar. O amor ensina a entender. O amor ensina a gostar. Não invertamos a ordem das coisas: somos nós que devemos viver à Sua imagem e semelhança. E não o contrário. Deus te abençoe!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A Dádiva do Melhor

Dentre as verdades que Jesus ensinou a Nicodemus, houve uma que tem sido abundantemente citada pelos cristãos: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). As verdades reveladas por Jesus sempre são revolucionárias e inesperadas. Na resposta a Nicodemus, Jesus colocou interligadas coisas que nenhum religioso pensaria. Quem jamais imaginaria que o mundo é amado por Deus? Ou que Seu amor é tão intenso que doou o Cristo? Ou que ter fé em tal revelação restaura pessoas decaídas? Ou, até, que a vida eterna seja uma consequência de tudo isso? Só que agora, olhando para mais de vinte séculos, percebemos que a revelação feita por Jesus tem sido confirmado em cada detalhe. A mensagem cristã continua a mesma. Ela transcende todos os bonitos movimentos humanitários, que têm erradicado pobreza, lutado pela justiça às minorias, ou dado oportunidades aos mais fracos. A mensagem cristã nos manda dar o nosso melhor, à semelhança do amor de Deus, que doa Jesus Cristo. Dar Jesus Cristo ao mundo é levar a sério o tamanho cósmico do amor do Senhor, que revoluciona todos os valores das pessoas. Doar Cristo para alguém é doar-se a si mesmo. É uma fé que mistura cruz e ressurreição. Que não é lógica, mas teológica. Que não é dogma, mas amor. É a dádiva do nosso melhor. Deus te abençoe!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Encher Com Água ou Com Vinho?

Para resolver o problema da falta de vinho, Jesus deu uma ordem estranha: “Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente.” (João 2:7). Se os servos da casa não fossem de absoluta confiança, teriam resistido à ordem de Jesus. O que estava não era água, era vinho! É bem possível, até, que um deles mais diplomático, tivesse pensado em perguntar a Jesus – “O Senhor mandou botar água, mesmo?”. O fato final é que não houve perguntas, nem surgiu desobediência. As talhas foram cheias de água, até o topo... E, enquanto isso, o chefe de cerimônias estava lá num canto, dando tratos à bola, procurando uma saída para a falta de vinho, em pleno casamento. As talhas somos nós. Com uma capacidade incrível de nos enchermos daquilo que o Senhor pretende nos dar. O grande problema reside na maneira de as coisas serem feitas. Nossa experiência, que é baseada no óbvio, ensina um certo modo de fazer. Quando o Senhor começa a operar, entretanto, a primeira impressão é a de que Ele não entendeu direito nossa necessidade e nosso pedido. Por causa de nossa angústia e de nossa pressa, parece que Ele não sabe a diferença entre vinho e água. A única saída é a obediência. Enquanto não enchermos com a nossa água, Ele não nos dará vinho Dele. Sempre que a obediência acontece, nosso prêmio é receber o vinho do Senhor, de superior qualidade. Deus te abençoe!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Hoje

Um dos textos bíblicos que enfatizam a importância do dia de hoje encontra-se na Carta aos Hebreus: “Encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama ‘hoje’, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado.” (Hebreus 3:13). É curioso como o Autor da Bíblia, cuja natureza é eterna, enfoque tanto nossa atenção para a importância do aqui e agora.l o próprio Jesus, ao tratar do assunto, após desencorajar a preocupação desnecessária com o futuro, ensina que “basta a cada dia o seu mal”. Afinal de contas, o que existe de tão importante, na atitude de viver cada ‘hoje’? O dia de hoje é o palco real da dimensão do tempo. É no dia de hoje que podemos aprender daquilo que chamamos “passado”. E é também no dia de hoje que projetamos o “futuro”. O dia “que se chama hoje” é nossa janela de comunicação com as dimensões do eterno. Diz a bíblia: “hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração”. Passado e futuro estão além do nosso controle. O nosso controle nos é garantido por Cristo, o Senhor da eternidade e o Senhor do tempo. Por isso, Ele garantiu que estará conosco em cada ‘hoje’, até a “consumação dos séculos”, quando comungaremos com Deus num eterno ‘hoje’. Nossa ‘vida eterna’ começou no dia em que nos entregamos a Cristo. O Espírito nos ajuda a crescer “até a estatura do Varão perfeito” durante “cada tempo que se chama hoje”. Deus te abençoe!

domingo, 6 de novembro de 2011

Chamados...

Gênesis 12:1 - Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. O capítulo doze de Gênesis registra uma das mais importantes histórias bíblicas: o chamado de Abraão. Deus escolhe este homem entre milhares e o designa para ser o pai da nação israelita. Alguns pontos são notáveis neste episódio, os quais desejo destacar. Primeiro, não é apontada nenhuma virtude aparente em Abraão, o que reforça nossa crença de que Deus elege o homem soberanamente. Segundo, note que o único critério absoluto neste chamado era o fato de que o patriarca deveria seguir o Senhor, para uma terra que Ele ainda lhe mostraria. Nosso chamado de fé segue este mesmo princípio. Mesmo sem conhecer a Deus totalmente, somos convidados a seguir Sua voz. É justamente o mistério que faz o brilho de nossa jornada ao Seu lado. Deus te abençoe1

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Crer Para Entender

Isaías 43:10 - Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Falando através do profeta Isaías, o Senhor se apresenta como o Salvador do Seu povo. E ensina a melhor maneira de respondermos à iniciativa Dele: "... Para que vocês saibam e creiam em Mim e entendam que Eu sou Deus." (Isaías 43:10). Um dos obstáculos que encontramos, em nosso processo de buscar a comunhão como o Senhor, é nossa dificuldade em entendê-lo. Há muitas coisas na vida que parecem absurdas. Há um número enorme de situações que nos parecem injustas. E aí, por mais que a gente pergunte e procure, nada parece ficar claro. Nos momentos de abatimento e consaço, pensamos - "se, pelo menos, a gente tivesse uma boa explicação dada pelo Senhor; se compreendêssemos a lógica divina, tudo ficaria mais fácil". Em resumo, o que nos parece claro é que, se entendêssemos a Deus, isso nos habilitaria a ter fé Nele. A resposta do Senhor vai na contramão da nossa proposta. O que Ele sugere, em Isaías, é que nós nos abramos para Ele, pela fé. Sem condições prévias, sem negociações introdutórias. O Senhor vem ao nosso encontro e oferece o Seu amor. Ele não pede que entendamos . Ele nos convida a aceitar o amor. Amor diferente, amor que nunca pudemos desenvolver em nossa vida. Amor dadivoso, incondicional, envolvente, curativo, reabilitador. Diante da oferta, tão revolucionária e absurda, nosso papel é rejeitar ou aceitar. O poderoso da coisa é: somente quando aceitamos é que "entendemos". O caminho, então, não é entender para crer. É crer para entender. Deus te abençoe!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Infidelidade Humana, Fidelidade Divina

No seu processo de argumentação, à maneira dos rabinos, o Apóstolo Paulo quer chegar à conclusão final de que o projeto inicial e futuro da criação depende absolutamente do Criador. Daí a sua pergunta, concernente às falas do povo judeu: "Que importa se alguns deles foram infiéis? A sua fidelidade anulará a fidelidade de Deus?" (Romanos 3:3). A resposta do próprio Paulo é enfática: "De maneira nenhuma!". O pecado dos homens não tem a capacidade de anular os desígnios divinos. A graça divina é todo-poderosa e funciona de acordo com suas próprias leis. A simples ideia de que o Senhor "dependa" da nossa ajuda não encontra apoio na teologia paulina ou no ensino do contexto bíblico. Mesmo que os discípulos falhem, disse Jesus, "as pedras clamarão". Ser fiel a Deus não é necessidade divina. Ser fiel ao Senhor é a postura humana mais adequada para se beneficiar das bênçãos espirituais. O contexto bíblico não apoia o ensino de que nossas "orações fervorosas" obriguem o Senhor a fazer a nossa vontade. O impacto de nossas orações fervorosas deve ser levar-nos a imitar o clamor de Jesus, no Getsêmani: "Pai, se o quiseres, afasta de Mim este cálice; contudo, não seja feita a Minha vontade, mas a Tua". O Senhor sempre será fiel e sempre estará disposto a nos restaurar, mesmo quando O traímos. A grande obra de nossa fidelidade é o reconhecimento. Cultivar esta atitude é o que nos capacita a vivenciar a misericórdia divina, que está sempre disponível. Deus te abençoe!