Uma das declarações mais reconfortantes do Salmista afirma: "Não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o Seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu" (Salmo 22:24).
O mesmo livro, porém, que registra textos como esse, sobre a compaixão divina, também expressa experiências melancólicas. Uma delas descreve a mágoa do Salmista: "Até quando, Senhor; até quando? Será que Te esqueceste de mim?"
Nós, os cristãos de hoje, experimentamos os dois extremos, em nossa vida de comunhão com o Senhor. É na hora da anarquia e da injustiça, apesar das muitas orações, que nos apropriamos do grito do Salmista: "será que te esqueceste de mim?" Esta lamentação é justa. Não adianta pôr panos quentes sobre a aflição que nos machuca. De nada adianta negar o óbvio: nossa aflição está realmente nos machucando e nos fragilizando. Por outro lado, entretanto, não é realista negar a outra face da moeda: se ela tem cara, tem também coroa. Se é que continuamos agarrados ao Senhor, vai chegar o momento quando perceberemos que Ele nunca nos desprezou. E que, na realidade, Ele sempre nos ajudará.
Deus te abençoe!
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